terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Porque a grande mídia só explora tragédias?


A imprensa surge no Brasil no ano de 1808, quando passou a circular no dia 1° de junho, o "Correio Braziliense", periódico editado em Londres por Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, o verdadeiro idealizador das informações impressas no Brasil colônia. Naquela época, o "Correio Braziliense" entrava clandestinamente para influenciar na opinião pública. Já a corte, preocupava-se em evitar a propagação de ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, princípios que fervilhavam na Europa.

Nos dias atuais, o papel da imprensa é informar e alertar a população de fatos que ocorrem na sociedade em todos os âmbitos, sendo um valioso instrumento de utilidade pública. De certa forma cumprir um relevante papel social, o de conscientizar a sociedade de seus direitos e deveres.


Infelizmente a grande mídia tem dado ênfase aos furtos, roubos, assassinatos, explosão de caixas eletrônicos e demais atos de violência. As páginas policiais ganharam as capas da maioria dos jornais diários, semanários e on-line de forma sensacionalista.  E na Televisão não é diferente, basta assistir ao Jornal Nacional, MGTV, Brasil Urgente e tantos outros e constatar a onda de violência que invadiu o jornalismo brasileiro.


Em Minas Gerais, a capital Belo Horizonte tem a cobertura da grande mídia em eventos culturais, esportivos, lazer, educação, saúde, empreendedorismo e outros. Já Contagem e outros municípios da região metropolitana, dividem as páginas policiais frequentemente, como se as cidades não oferecessem cultura, lazer, empregabilidade, desenvolvimento e qualidade de vida a seus moradores. Ficamos tristes com a imagem que a imprensa transmite de nossas cidades.


Nas comemorações do centenário de Contagem em 2011, por exemplo, não houve a cobertura de nenhuma grande mídia, ou produção de um documentário sobre as riquezas culturais e a importância da cidade para o desenvolvimento do Estado de Minas Gerais. A região metropolitana de Belo Horizonte é rica em história e cultura, até mais do que Belo Horizonte, ao exemplo de Sabará, Santa Luzia, Betim, Caeté, Brumadinho... O fato é que a mídia não explora e não valoriza, a contento, os valores e as boas notícias da região.


Não que a violência não seja um tema importante e que deva ser tratado como prioridade para alertar as autoridades, mas o jornalismo não pode mais continuar nessa linha de más notícias.